quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Você tem medo de quê?

Amanhece, toca o despertador e como estava em periodo de féiras, desacostumado do horário de trabalho, me dá aquela lomba e deixo tocar a soneca pela terceira vez antes de saltar da cama.

- Bom dia amada minha, estou saindo pro trabalho!
- Bom dia, vai com cuidado!


Saí, fechei a porta da cozinha e fui até à edícula para pegar a minha motocicleta Honda, NXE BROS 150.
Confesso que adoro andar de moto, mas ultimamente tenho tomado cuidado dobrado. Ainda antes de ontem quando voltava do trabalho depois das 18:00, como é comum no verão choveu um bocado, e encontrei pelo caminho 3 motoqueiros caídos na BR 101, por falta de visibilidade e cuidado dosmotoristas dos carros e dos próprios motociclistas.
Além de provocar medo, o acidente não deixa de ter o seu valor pedagógico, nos ensina pela dor.
Voltando a minha saída, lembrei do dia da segunda feira que saí de casa apenas de bermuda, camiseta e sandália e quando saí no primeiro quarteirão senti muito frio, então tive que colocar a capa de chuva no caminho para poder suportar a viagem, além de vestir a minha blusa de Neopremer que comprei na Mormai para enfrentar o invernia passada.
Desde então me deparei com um rapaz medroso dentro de mim. nas ultimas semanas não tenho mais andado de moto, quando foi um dia destes, cheguei em casa após o trabalho, encilhei a magrela e fui até o CTG Os Praianos, em uma quarta feira dia de treino de laço. Pra encurtar o assunto, caiu um temporal em chuva, mas bateu água de cachorro beber sentado, até pensei em vender a moto e comprar um barco, pois desde então tem chovido muito e quase todos os dias. Mas naquela noite foi tanta chuva que as bocas de lobo não suportavam o fluxo de água formando um rio no curso das vias. Nesta noite eu via a coisa preta.

Eu moro longe do Centro, mas nesta noite, parece que a distância dobrou, pois eu não conseguia passar de 10 Km/h.
 Sem contar que outro dia, inverno, chovendo pra variar, que desde que comprei esta moto há um ano atrás, vi poucos dias de sol, fui entrar no pátio do meu trabalho, o pneu dianteiro resolve escorregar no piso e quase que a danada me dá um tombo na chegada da viagem. Ainda falei ao meu colega de trabalho que acabara de estacionar o seu veículo dentro do pátio: "andei mais de 30 km, para cair parado, vê se pode?"
Mas a vida nos prega peças, um dia é medo de moto, outro dia de gente, mas sempre o que temos medo mesmo é da morte....